Claudinei Nogueira dos Santos[1]O mundo tem se apresentado bastante apreensivo em relação aos testes de bombas nucleares realizados pela Coréia do Norte no último dia 25/05/2009, pois, não sabemos direito o que pensar e como nos posicionar diante de tal situação que tem sido demonstrada e noticiada de hora em hora pelos meios de comunicação do país e do mundo।
Contudo, antes de tomarmos uma posição favorável ou contra as ações praticadas de maneira irresponsável por parte dos Coreanos do norte, devemos relembrar que a ONU é mais um órgão internacional que se encontra, principalmente, apoiado pelos USA e seus interesses. Desta forma, mesmo sendo um órgão criado para promover e zelar pela paz no mundo, acaba, mesmo que de maneira indireta aguçando em muitos momentos a guerra entre países, haja vista que em diversos momentos da historia social, política e econômica do mundo este manteve-se de maneira neutra, ou, não intervindo nas decisões tomadas pelos USA.
Portanto, não dá para nos posicionarmos em total apoio aos feitos e pedidos da ONU, pois, não tem sido um órgão imparcial nas decisões sempre se demonstrando frágil perante o poderio estadunidense.
Durante toda a Guerra Fria os USA promoveu intervenções diretas dentro do território da Coréia do Sul e minaram a economia socialista da Coréia do Norte, ainda, demonstraram para o mundo todo que o capitalismo monopolizado por eles é que deveria prevalecer como uma grande solução para os problemas econômicos e sociais vivenciados pelo mundo naquele momento.
Desta forma, podemos interpretar a postura dos coreanos do norte como uma forma de demonstrar para a “grande potência” mundial que as suas intervenções não são bem-vindas e que cada país deve procurar tentar resolver seus próprios problemas ao invés de viver interferindo em assuntos e problemas externos, não com o intuito de ajudar, mas de tirar algum proveito e, principalmente econômico.
Todavia, estes problemas não justificam a forma exagerada e demasiadamente errada a qual tem sido conduzida à política nuclear naquele país, pois, consiste em apoiar a fabricação cada vez mais intensa de armas nucleares com a finalidade de incitar ou promover uma grande destruição em massa gerando aí um verdadeiro genocídio a qual não somente prejudicariam os USA, mas todo o planeta.
[1] Professor Especialista em Geografia pelas Faculdades de Naviraí (FINAV)
