SEJAM TODOS BEM-VINDOS!

terça-feira, 31 de maio de 2011

MACONHA: TABU OU DEPENDÊNCIA?

Claudinei Nogueira dos Santos1

Estamos vivenciando um momento bastante polêmico na sociedade atual. Polêmicas suficientes para colocar em discussão conceitos relacionados aos padrões formais que sempre estruturaram nossa sociedade e sua maneira de agir e pensar.
É notório que tanto os meios de comunicação e expressão quanto às bases estruturais da sociedade contemporânea evoluíram em uma rapidez bastante considerável e, avassaladora.
Alguns estudiosos e representantes públicos do povo em vários países defendem a teoria de que os grandes índices de marginalidade e de problemas ligados a saúde de um grande número da população de um país está atrelado ao uso indiscriminado de drogas ilícitas, como é o caso da maconha, uma das drogas mais comuns e fáceis de serem comercializadas e obtidas pelos jovens de nossa sociedade.
Desta forma, há uma grande defesa em prol da regularização do comércio desta droga dentro do território nacional de maneira totalmente lícita e, segundo estes especialistas, esta postura reduziria drasticamente o tráfico de drogas, pois, uma vez permitida o seu consumo, não haveria força suficiente para continuar a promover sua comercialização desenfreada.
No Brasil, o projeto: Quebrando Tabu, consiste em promover a análise das condições de vida da população brasileira em relação ao narcotráfico e a necessidade de uma intercorrência desarticuladora deste processo, conforme conduz o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, juntamente com os presidentes da Argentina, Colômbia e os norte-americanos, Jime Carter e Bill Clinton.
Alguns projetos que incentivam a ideia do sociólogo FHC é a política desarticuladora dos países baixos que permite que os usuários comprem e consumam suas drogas em local apropriado e destinado para tal fato. Nesta região da Europa parece funcionar de maneira satisfatória.
No caso do Brasil, ocorre uma grande preocupação em relação a esta nova reorganização legal que, poderá ser de fato implantada em nosso país, pois, a maioria da população vive em condições que nem sempre lhes dão a oportunidades de poderem escolher entre as pouquíssimas alternativas que circundam estas pessoas.
Outro forte fator está relacionado ao nível cultural da sociedade brasileira em saber conduzir esta nova realidade que vivenciamos em relação a temática.
Alguns sociólogos discutem que poderia ocorrer um efeito contrário neste processo e, ao invés de promover a redução do tráfico, poderíamos estar aumentando ainda mais o uso desta poderosa droga devido sua facilidade e, portanto, o objetivo primário não teria alcançado seus objetivos em relação ao narcotráfico.
Por outro lado, nosso sistema de saúde (SUS) se tornaria hipertrofiado e incapaz de atender a contento, todos os dependentes químicos que o país passaria a obter com esta regularização, o que tornaria ainda mais caótica nossa sociedade.
De todo este contexto, podemos concluir que a sociedade tem passado por uma drástica mudança em suas bases estruturais e familiares, modificando por completo seus valores e princípios ligados a humanidade, mas, o Estado quanto poder público que é, passaria a tarifar e faturar com a comercialização deste entorpecente que hoje sustenta boa parte da estrutura de vida até mesmo das favelas contidas nos grandes centros urbanos e que acabam não sendo tributados para o governo.
Fica aqui, meu apelo quanto educador que sou, é necessário que analisemos todas as relevâncias favoráveis e contrárias para que a sociedade não venha perecer de suas próprias consequências em um futuro próximo.
“A moral e a ética de um povo são fatores indiscutíveis para a boa conduta do indivíduo e, estes são adquiridos no seio familiar desde sua etapa de vida neonatal.”

1Professor Especialista em Geografia FINAV
Professor do Ens. Fundamental e Médio das Redes Municipal, Estadual e Privada.