A discussão que tem ocorrido referente ao contexto de mudança de fuso horário em Mato Grosso do Sul, nos parece um tanto comum aos olhos do brasileiro e principalmente em nosso Estado, pois, quase sempre somos informados do que esta ocorrendo em nosso congresso depois que o fato já está um tanto evoluído e em discussão.
A grande preocupação em relação a este fato, que tem ocorrido de maneira acelerada e encarada de maneira totalmente natural por parte de nossa população e, que reflexos uma mudança desta amplitude podem surgir em termos de qualidade de vida até a ocorrência de sua adaptação por parte de nosso organismo.
Contudo, o fato está pouco discutido entre os segmentos da sociedade. Na verdade a população ainda está se perguntando qual seria o real motivo para esta mudança, que já fora aprovada em alguns Estados da região Norte, acontecer em nosso Estado que, segundo os dados das Coordenadas geográficas se encontra totalmente fora do meridiano que nos possibilitaria estarmos contidos no mesmo fuso horário que está Brasília.
Portanto, lancemos esta indagação:
_ A quem de fato interessa tamanha mudança?
Para esta, podemos levantar algumas reflexões possíveis, como: a dificuldade de intercâmbio financeiro com nossos Estados vizinhos que fazem parte do fuso oficial do país.
Mais uma vez, o que tem se falado mais alto às nossas autoridades políticas e econômicas não é a qualidade de vida e o bem-estar social, mas, o poderio financeiro e a grande facilidade lucrativa e rentável que tal fato pode propiciar.
No entanto, se esquecem que havendo distúrbios de adaptabilidade em nosso organismo, o Estado, quanto poder público que é, obrigar-se-á ampliar seus investimentos para atender casos como instabilidades de humor, agressividades e outras patologias que a medicina pode explicar de forma satisfatória que esta a serviço do ser humano.
Às vezes algo que pode nos parecer um fato tão pequeno e irrelevante, pode mudar de maneira drástica a ordem de convívio social existente trazendo a nossa sociedade graves problemas, alem de estarmos tentando passar por cima de algo que faz parte de uma dinâmica natural do planeta que se refere à diferença de recepção de luminosidade solar ao longo da elíptica terrestre, pois, se os fusos não fossem importantes em nossas vidas não teríamos por tantos problemas conceituais durante a evolução dos estudos de geo-ciências para torná-los parte integrante do rol desta ciência e melhor, aceita pelo mundo cientifico e intelectual aplicado.
[i] Professor deGeografia da UNES/FINAV
Especialista em Geografia e Educação Ambiental
Professor de Geografia do Ensino Médio do Colégio Objetivo Mínie de Naviraí-MS
Professor de Geografia do Ensino Fundamental e Médio da SEDE/REME
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