E NOSSA LIBERDADE? A QUANTAS ANDA?

Claudinei Nogueira dos Santos


Mais uma vez nos reunimos para relembrarmos a trajetória percorrida para que hoje fossemos considerado um país livre e autônomo politicamente. Várias foram as lutas e entraves durante este momento decisivo e marcante de nossa história cultural e econômica.
Contudo, se deu corajosamente o grito de “Independência ou Morte”, às margens do riacho de Ipiranga rompendo “todos” os laços que nos forçavam a uma vida medíocre e sem esperanças de melhorias, pois, vivíamos em um regime de Escravidão e trevas. No entanto, nos parece que o grito de Dom Pedro I não foi suficientemente forte para quebrar muitas barreiras as quais ainda lutamos e gritamos pela liberdade hoje.
Estas barreiras estão associadas à escravidão cultural e ideológica a qual se infere ao negro, ao descaso para com a pessoa humana dos indígenas, ao machismo ainda incutido às mulheres e até mesmo a imposição do silêncio a muitos pesadores de nossa atualidade como Tim Lopes e outros.
Portanto, é preciso que vejamos, participamos e comemoramos o dia 07 de Setembro, com o verdadeiro significado de liberdade. Livre de toda e qualquer opressão, seja ela ideológica ou física. Talvez, somente a partir de então poderemos lutar pela real liberdade Econômico-Financeira, pois, uma das maiores opressões que tornam fáceis as manifestações de descaso e escravidão é o grande pré-conceito que geralmente a maioria das pessoas trazem dentro de si mesmas por coisas tão banais e simplórias sem importância ou significado algum.
Desta forma, assim como para que D. Pedro fosse capaz de se tornar um mártir da história teve que dar as mãos ao povo, ou, pelo menos a uma parcela dela, que possamos assim também fazer, porém, não somente a uma parcela, mas que possamos estar unidos com o objetivo de sermos cada vez mais livres, autônomos e felizes com nossa Pátria.



1Professor de Geografia das Redes Pública e Particular.